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Governador diz que PM vai entrar em Alcaçuz e fazer 'paredão humano'


19/01 - Presos atiram pedras durante um confronto de facções na penitenciária de Alcaçuz, perto de Natal, no Rio Grande do Norte (Foto: Josemar Gonçalves/Reuters)

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), anunciou na tarde desta quinta-feira (19) que policiais militares entrarão na Penitenciária de Alcaçuz para separar as duas facções que se enfrentam no local. Segundo ele, os policiais formarão um "paredão humano".

No último final de semana, 26 pessoas morreram em uma rebelião --nesta quinta, houve outro confronto entre as facções, também com mortes, mas o número de vítimas não foi informado.

A intenção, diz o governador, é "permitir a construção de uma parede física para separar o PCC do Sindicato do RN”. Faria disse ter sido ameaçado pela facção paulista de que iriam "tocar fogo em Natal" se houvesse a transferência dos seus chefes para presídios federais. O governo anunciou na quarta que havia pedido à Justiça a transferência. À noite, uma série de ataques ocorreu em Natal a ônibus e delegacias, entre outros.

A seguir, trechos da entrevista:

Evitar matança
“A curto prazo agora é evitar uma nova briga, uma nova matança entre eles. Por isso nós vamos entrar daqui a pouquinho, a operação vai começar já já. Em um segundo momento vamos transferir os presos das facções para presídios separadamente.”

Desafio
"O Sindicato desafiou o governo, assim coimo o PCC também me desafiou, a minha integridade, se eu tirasse presos da Alcaçuz”.

Negociação?
“Não houve negociação. Até porque ontem eu estava em Brasília, cheguei aqui ontem no final da tarde. Tanto é que o PCC me ameaçou, disse que ia tocar fogo em Natal. A mesma coisa o sindicato. Ou seja, se tivesse tido negociação Natal não estava sendo agora incendiada.”

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